sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Geraldo destaca "jeito PSB de governar" em seminário nacional



O prefeito eleito Geraldo Julio participou, nesta sexta-feira (30), em Brasília, da abertura do seminário "Governos Municipais Socialistas - 2013/2016", organizado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pela Fundação João Mangabeira para os seus 443 gestores eleitos. Amanhã (1º), à 9h, o socialista ministrará palestra abordando o tema "Planejamento como estratégia de desenvolvimento municipal sustentável”.

O futuro prefeito destacou a importância do evento, argumentando que, com a iniciativa, o partido garante, aos seus gestores, as ferramentas necessárias para um alinhamento estratégico com o "jeito PSB de governar". O socialista também ressaltou a taxa de reeleição dos prefeitos da legenda, a maior do País (72%). "Em virtude dessa aprovação, temos um compromisso maior ainda com a população, de cumprir o que assumimos cuidando daqueles que mais precisam", finalizou Geraldo.
Após a abertura oficial do seminário, o governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, palestrou sobre o novo federalismo brasileiro. Ele agradeceu o empenho na campanha não só dos prefeitos eleitos, mas dos gestores que não tiveram êxito nas urnas. O mandatário afirmou que o esforço de todos foi fundamental na performance do PSB em 2012 e na perpetuação do ideário da legenda.

"Nós do PSB não temos uma fórmula mágica para isso, mas temos muitas ideias e vontade de encontrar melhores soluções. É preciso que vocês todos pensem nisso desde o primeiro dia dos seus governos, porque a chegada ao cargo é um tempo decisivo para uma boa gestão”, analisou Campos.
FONTE:BLOGMAGNO

MUSICA DO DIA


CNM sugere campanha por derrubada de vetos aos royalties



 














A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) criticou nesta sexta-feira (30) a decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar parcialmente o projeto de lei que altera os critérios de distribuição dos royalties do petróleo. A entidade sinalizou ainda que dará início a uma campanha pela derrubada dos vetos da presidente informou a Folha de S. Paulo.

'O governo justificou a medida dizendo que buscou evitar uma disputa judicial. A justificativa do veto, fundamentada no argumento de quebra de contratos, é um verdadeiro absurdo, uma vez que os instrumentos celebrados entre as empresas e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) não sofreriam qualquer tipo de alteração', destacou a CNM por meio de um comunicado.

Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, o veto manterá privilégio injustificado a dois Estados e 30 municípios produtores.

Eduardo reclama que desonerações afetaram investimento



 












As desonerações tributárias promovidas pelo governo federal para estimular a economia foram alvo de críticas nesta sexta-feira (30) por um dos seus principais aliados, o presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que apontou essas medidas como responsáveis pela redução da capacidade de investimentos dos Estados e municípios. Segundo ele, a política de desonerações não teve o impacto esperado no crescimento do país e debilitou o caixa dos demais entes federativos.

Campos disse que as críticas não devem ser 'eleitoralizadas' mas, para ele, Estados e municípios estão vivendo um momento 'crise fiscal', informou a Reuters.

A reclamação se deve principalmente pelas desonerações no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Renda (IR) concedidas pelo governo federal e que têm impacto direto na distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
fonte:blogmagno

FILME DO DIA


À procura de um lugar para amansar Ciro Gomes




O PMDB e PSB estão em intensas conversações sobre as pastas de Educação e Ciência e Tecnologia. Com a redução da probabilidade de Gabriel Chalita assumir o MCT, o nome do ex-ministro Ciro Gomes voltou ao balcão de apostas. O vice-presidente Michel Temer, segundo interlocutores peemedebistas, se sentiria prestigiado se Chalita fosse para o MEC. Para o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a reconquista do MTC resolveria uma inadiável questão interna: acomodaria Ciro, que não quer mais voltar ao Congresso.

Na dança de cadeiras na Esplanada, o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, é cotado para ocupar um posto no Palácio do Planalto,
provavelmente na Secretaria de Relações Institucionais (SRI), no lugar de Ideli Salvatti, que voltaria a Santa Catarina para reorganizar suas bases.(Vasconcelos Quadros - blog Poder Online)

Rose usava nome de Lula para barganhar cargos



JN mostrou e-mails trocados entre Rosemary Noronha e servidores presos. Em um dos trechos, ela diz que nomeação depende de 'PR', que seria Lula.


 











 Rosemary Noronha


 A Polícia Federal interceptou durante investigações que resultaram na operação Porto Seguro e-mails enviados entre 2009 e 2010 pela então chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, aos irmãos Paulo e Rubens Vieira.

Ambos foram presos pela PF na última sexta (23), durante a deflagração da operação, acusados de integrar um esquema de corrupção e tráfico de influência em órgãos públicos.
Os documentos, obtidos com exclusividade pelo Jornal Nacional, mostram que, no período, Rosemary Noronha disse aos irmãos que usaria a proximidade funcional com o presidente da República à época, Luiz Inácio Lula da Silva, para influenciar na nomeação de ambos para diretorias de duas agências reguladoras. (Clique aí e leia reportagem copleta sobre E-mails indicam que ex-assessora da Presidência negociou cargos(do portal G1)

Para tia Iracema, que não era a dos lábios de mel

MAGNO PRESTA HOMENAGEM À SUA TIA  IRACEMA






por   magno martins - 
 O meu tronco familiar está, aos poucos, fazendo a última e eterna viagem. Há pouco, fiquei a chorar com a morte da tia Carminha, que cuidava dos meus pais em Afogados da Ingazeira.  
Perdi, anteontem, no mesmo dia em que partiu o jornalista Joelmir Beting, homenageado num lindo poema do filho Mauro, a minha tia Iracema, aos 94 anos. Diz o poeta que a saudade só floresce na ausência.
Tia Iracema, irmão do meu pai Gastão, não era a Iracema dos lábios do mel, mas a do encanto, de uma docilidade cativante, de uma sabedoria que não colheu em bancos de faculdade, mas costurando roupas e a própria vida.
Era uma grife na arte da costura, fina no trato, capaz de chorar diante da beleza, reveladora de uma intimidade perfeita com o silêncio, de voz mansa, irrepreensível na relação com os irmãos e a família, um brilho de eternidade em seu olhar.
Há quatro anos, conforme o registro acima, comemoramos os 90 anos dela, que reuniu no Recife todos os seus irmãos, entre os quais meu pai e o meu tio José Coió, avô de Yane Marques, a nossa festejada pentaatleta.
Tia Iracema era eternamente dividida entre o Sertão, onde foi criada e o mar, onde viveu praticamente toda a sua existência. Quando garoto, sua casa no bairro do Cajueiro era a extensão da minha casa de infância em Afogados da Ingazeira. Ela e o seu marido Júlio, de personalidade forte e sem meias palavras, adoravam me receber em férias.
Para tia Iracema, eu era o sobrinho predileto, o seu xodó e isso provocava ciúmes. A lembrança mais forte que tenho do casal me vem de uma viagem de Afogados da Ingazeira para o Recife num velho Dekavê, barulhento e desconfortável, que fumaçava feito uma chaminé.
Era dia chuvoso e “seu” Júlio, que costumava dirigir a 50 km – imagine o tempo que levávamos para percorrer 386 km – inventou de parar no acostamento e quase fomos jogados no precipício devido ao solo molhado transformado em sabão. Acabamos guinchados por um trator. E por pouco não perderia meus cajus.
O passado é sempre uma gaiola. Tem momentos que a gente nunca se esquece de desatar os nós que, no passado, amarramos para toda a eternidade. Embora gostosa, a casa de tia Iracema, para mim, matuto do interior, era uma gaiola. Dela só saia para retirar os cajus no quintal, comprar o pão na padaria com “seu” Júlio e ir à Igreja.
Mas, mesmo assim, aprendi com ela que para viver tem que ser sábio. E isso não se consegue apenas com conhecimento, com a soma de conhecimentos. “As universidades estão cheias de doutores idiotas”, dizia ela, com a sua sabedoria adquirida com a soma da passagem do tempo.
Tinha razão. Tia Iracema enxergava o mundo de forma diferente, era a conselheira que meu pai buscava nas horas de dificuldades, o ombro amigo, com quem dividia a dor, muitas vezes transformada em verdadeiros poemas nos livros que meu pai deixa para as novas gerações sobre o sertão, Afogados da Ingazeira e sua gente.
Fica a lição da saudosa tia que a gente tem que aprender a passar por metamorfoses. Hoje, depois de 22 dias só escrevendo sobre a saga ao Sertão, onde retratei em capítulos intitulados “Reféns da seca” a maior estiagem dos últimos 50 anos, minha vontade era de não escrever.
Mas, não poderia deixar de prestar esta homenagem a um pedaço da minha vida. Escrevi esta crônica como um sonâmbulo, na esperança, talvez, de que as palavras consigam diminuir a minha dor.
Álvaro de Campos dizia que na construção de palavras se houve outra voz, a voz de uma melodia que faz chorar. Mas é preciso também ouvir as palavras dos poetas, que nada sabem sobre outros mundos, mas sabem muito de saudade:
“Saudade é o revés de um parto/ saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu”. 
magno martins - 

Juiz anula eleição em Água Preta



O juiz eleitoral de Água Preta, Carlos Eugênio, decidiu, no fim da noite de ontem (29), anular as eleições do último dia sete de outubro no município. A sentença foi proferida mas ainda não consta publicação no Diário Oficial do Estado.

Eufórico, o candidato com maior número de votos na eleição agora anulada, Armando Souto (PDT) comemorou a decisão do juiz, e já adiantou que agora é o momento de buscar o auxílio da imprensa para que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco organize uma nova disputa ainda esse ano. A intenção do pedetista é a de agilizar o processo eleitoral para que o vencedor tome posse no dia 1º de janeiro de 2013, evitando que a cidade seja administrada pelo presidente da Câmara de Vereadores.
Souto afirmou estar “de bem” com seu partido, reiterando que as desavenças que teve com o presidente estadual da sigla, José Queiroz, foram resolvidas e arquivadas. “Neste momento, o crucial é evitar qualquer tipo de briga, com quem quer que seja. Fiz as pazes com o meu partido. Meus direitos foram respeitados pelas executivas nacional e estadual. Agora é tocar para frente e vencer a eleição”, explicou.
Procurado para comentar o assunto, o juiz disse, por meio da técnica do Judiciário, Liviane Lopes, que o que tem para falar sobre a sentença será publicado no Diário Oficial. Já o atual prefeito de Água Preta e candidato à reeleição, Eduardo Coutinho (PSB), não foi encontrado pela reportagem. A assessoria de imprensa do TRE-PE aguarda comunicado oficial para se manifestar sobre o assunto.
fonte:blogmagno

Dilma veta mudanças na divisão da renda do petróleo sobre royalties

              


Depois de sinalizar publicamente a intenção de "respeito a contratos" na análise da lei de divisão dos royalties do petróleo, a presidente Dilma decidiu ontem vetar o artigo do projeto aprovado na Câmara dos Deputados que muda as regras de distribuição desses tributos referentes a campos em exploração.
Com o veto, fica mantida a legislação atual que destina a maior parcela dos royalties dos campos em exploração aos Estados e municípios produtores, como defendiam o Rio e o Espírito Santo.
Pela regra atual, os grandes Estados produtores, por exemplo, ficam com 26,25% dos royalties. Os não produtores recebem apenas 1,76%.


Com isso, saem derrotados os Estados e municípios não produtores, responsáveis pela aprovação do projeto no Congresso que mudava essa divisão da receita. O texto reduzia a parcela dos Estados produtores para 20%.
Quanto às regras de exploração dos futuros campos de petróleo do pré-sal, o governo decidiu manter o que foi aprovado no Congresso. O texto fixa em 15% a alíquota dos royalties no modelo de partilha de produção e define a distribuição desses recursos de forma mais igualitária entre todos os Estados e municípios.
Nesta divisão, os Estados produtores devem ficar com 22% da receita de royalties a ser gerada na exploração dos campos que ainda serão licitados na área do pré-sal. Já os Estados e municípios produtores ficariam com uma parcela maior, de 51%.
O Palácio do Planalto analisava ainda incluir numa medida provisória mudanças na divisão de royalties de futuros campos de petróleo que ainda serão explorados pelo sistema de concessão (fora da região do pré-sal).
Nesta MP, o governo deve incluir dispositivo destinando toda receita dos royalties (União, Estados e municípios) para educação. Com isso, a presidente Dilma quer viabilizar a proposta de investir no setor 10% do PIB (Produto Interno Bruto).
Durante a reunião em que discutiu o assunto, a presidente Dilma voltou a insistir que sua decisão evitaria quebrar contratos e respeitaria o direito adquirido dos Estados e municípios produtores.
Ou seja, seguindo a linha defendida pelo governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), ela optou por não fazer qualquer alteração na legislação atual que destina mais recursos para as regiões produtoras, mas nos campos já licitados.
No caso dos futuros campos, ainda a serem leiloados, Dilma entendeu que a regra da distribuição dos royalties pode ser alterada. Por isso, optou por manter a proposta aprovada na Câmara.
Com a sanção do projeto, o governo vai fazer os primeiros leilões, no segundo semestre do próximo ano, de áreas de exploração de petróleo do pré-sal com base no novo modelo de partilha de produção.
Deputados e senadores de Estados não produtores vão tentar derrubar os vetos. Caso isso ocorra, o governador Sérgio Cabral já avisou que recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Editoria de Arte/Folhapress

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

STF pode abrir investigação sobre ministro do TCU


                       

  FOLHA DE S.PAULO - FERNANDO MELLO, DIMMI AMORA


A Justiça Federal de primeira instância enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos da Operação Porto Seguro da Polícia Federal referentes ao ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro e ao deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP). Agora, caberá ao STF definir se abrirá ou não investigação sobre os dois. O material foi remetido à corte porque deputados e ministros do TCU só podem ser investigados com autorização do Supremo.

Em relação a Múcio, a Polícia Federal interceptou e-mails que citam o ministro. As conversas eram entre os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), e Rubens Vieira, então diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Os irmãos Vieira são acusados de chefiar o esquema de venda de pareceres no governo federal para beneficiar interesses privados. Em um dos e-mails em poder da PF, eles falam de um processo de interesse do grupo que tramitava no TCU e comemoram o fato de ele estar sob os cuidados do ministro Múcio Monteiro.
fonte:blogmagno

PORTO SEGURO, PF, DIRCEU E BILHETES


O petista José Dirceu estuda processar o ex-auditor do Tribunal de Contas da União Cyonil Borges, denunciante da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, segundo Felipe Patury.
Em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Cyonil disse que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Vieira, apontado pela PF como chefe do esquema, teria dito que o dinheiro usado para pagar pareceres viria de José Dirceu. O petista incumbiu seu advogado, José Luís Oliveira Lima, se a declaração pode ensejar um processo. 


 














Porto Seguro: PF procura entregador de bilhetes  
 

A Polícia Federal busca um personagem curioso nesta época de alta tecnologia: o mensageiro que fazia a entrega de bilhetes manuscritos trocados entre as estrelas mais cintilantes que surgiram nas investigações da Operação Porto Seguro, segundo o Poder Online.

Os principais personagens da história e os alvos da investigação conversavam sobre os assuntos mais importantes por meio mensagens escritas de próprio punho. A área de inteligência policial chama o “modus operandi” de caixa morta: a primeira mensagem e a resposta são escritas no mesmo bilhete, que é destruído após atingir o objetivo.

O mensageiro é um motoboy que não sabia o que transportava.

fonte:blogmagno

FHC defende que tucanos escutem "voz das ruas"



  














 Fernando Henrique Cardoso
 
'Muitas vezes jovens me dizem 'eu quero militar no PSDB'. Eu me pergunto: o que eu faço com ele? Vai ser do gabinete de alguém? Isso não é militância. Militar é com a sociedade, na rua, no núcleo de trabalho. É ali que tem de estar o PSDB se quiser ter organicidade'.

Assim o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso definiu sua angústia em relação ao futuro de seu partido, segundo o Valor.FHC participou nesta quinta-feira (29) de um encontro com tucanos eleitos em São Paulo. Em sua palestra, defendeu que o PSDB se abra aos jovens e às mulheres, fale de maneira mais clara à população e volte a ouvir a 'voz das ruas'.

'Precisamos ter seminários, mas para ouvir, chamar as pessoas para que elas nos digam o que elas sentem, o que elas querem, o que precisam e como veem o mundo, para que possamos ajustar o nosso discurso', defendeu. 'Não se pode mais deixar o partido para o momento da eleição'.

O ex-presidente fez críticas ao uso da legenda para atender às vontades de alguns em detrimento do que é melhor para o partido. 'Não podemos mais basear nossas escolhas na vontade de cada um', disse FHC.

Da mesma forma, mostrou-se descontente com a costura de alianças 'tortas', sem lastro ideológico. 'Ganhar ou perder faz parte da eleição. O que não pode é fazer alianças tortas, porque aí se perder a eleição, você perde tudo. Precisamos voltar a deixar a nossa marca'.

Mauro Beting lê carta de homenagem ao pai, Joelmir Beting, logo após morte do jornalista

Na madrugada desta quinta-feira (29/11), Mauro Beting, filho de Joelmir Beting, leu uma carta em homenagem ao pai, que faleceu pouco antes. Ele estava no ar pela rádio Bandeirantes quando recebeu a notícia. O jornalista conteve as lágrimas e leu o texto, informou o portal G1.


Crédito:Divulgação
Jornalista conteve as lágrimas e homenageou o pai em carta emocionante

Joelmir morreu aos 75 anos. Ele estava internado desde o dia 22 de outubro no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e, no domingo (25/11), sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico (AVE).

Leia a íntegra da carta.

Nunca falei com meu pai a respeito depois que o Palmeiras foi rebaixado. Sei que ele soube. Ou imaginou. Só sei que no primeiro domingo depois da queda para a Segunda pela segunda vez, seu Joelmir teve um derrame antes de ver a primeira partida depois do rebaixamento. Ele passou pela tomografia logo pela manhã. Em minutos o médico (corintianíssimo) disse que outro gigante não conseguiria se reerguer mais”.

No dia do retorno à segundona dos infernos meu pai começou a ir para o céu. As chances de recuperação de uma doença autoimune já não eram boas. Ficaram quase impossíveis com o que sangrou o cérebro privilegiado. Irrigado e arejado como poucos dos muitos que o conhecem e o reconhecem. Amado e querido pelos não poucos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai.

Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do Universo?

Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o que sabia.

Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica ainda mais órfão.

Nunca vi meu pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez ganhar.

Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso.

Ele me ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer.

Mas hoje eu preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele.

Mais que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem, logo gostam dele. Especialmente pelas pessoas que não o conhecem, e algumas choraram como se fosse um velho amigo.

Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa.

Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas.

Desculpem, mas não vou chorar. Choro por tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores, canções.

Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que são meus pais. Meus pais, que também deveriam se chamar minhas mães, sempre foram presentes. Um regalo divino.

Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do rádio.

Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador.

Meu pai.

Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais como ele. Rarésimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro palmeirense ele foi.

Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam. Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta.

Como ele um dia disse no anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras no Palestra, de 2008 até a reforma: “explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… é simplesmente impossível!.
A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir por 46 anos.

Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é meu pai não estar mais neste mundo é impossível.

Nonno, obrigado por amar a Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno.
Os filhos desse amor jamais serão órfãos.

Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha guerreira Lucila.

Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta quinta-feira, 0h55.

Morre, aos 75 anos, o jornalista Joelmir Beting

Crédito:Luiz Murauskas

Faleceu no início da madrugada desta quinta-feira (29/11), aos 75 anos, o jornalista Joelmir Beting. Pioneiro do jornalismo econômico brasileiro, inaugurou a cobertura de negócios no Brasil, no jornal Folha de S. Paulo, em 1968. Mais tarde, estreou a informação econômica no rádio e na TV, sendo também o primeiro âncora (o modelo americano de apresentador-comentarista) do telejornalismo brasileiro.

Beting estava internado desde o dia 22/10, no Hospital Israelita Albert Einstein, tratando de uma doença autoimune nos rins. No último domingo (25/11), sofreu um Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico, que deixou seu estado de saúde ainda mais delicado.
Em julho deste ano, IMPRENSA homenageou Joelmir com perfil publicado na edição 280. A foto de capa da edição - produzida pelo fotógrafo Luiz Murauskas - foi feita em memória a outra foto do jornalista publicada no Jornal do Brasil, em março de 1990: sua reação de espanto ao saber, ao vivo na TV Globo, do confisco das poupanças pelo governo Collor (veja abaixo).

Sereno e bem disposto, Joelmir falou com IMPRENSA por cerca de 1 hora e meia na redação da TV Bandeirantes. Recém-saído de uma  internação de 10 dias na UTI do Hospital Albert Einstein, voltava às atividades após "um problema cardíaco e pulmonar combinados", como descreveu. Explicou que o problema o levara a abandonar outros "dois filhos": o "Canal Livre" [programa da Band] do qual participou até maio deste ano, e suas palestras, realizadas por décadas com uma média impressionante de três por semana.

Entre histórias memoráveis - como o dia em que abandonou o jornalismo esportivo após ser perseguido pela torcida corintiana por não conter o amor pelo Palmeiras em um clássico no Pacaembu  - elogiou o jornalismo econômico brasileiro. "É o mais competente e abrangente do mundo, só rivalizando com EUA e a Inglaterra, e nada mais". Para o futuro, disse desejar apenas escrever alguns livros há anos engavetados em meio à exigente rotina profissional.

Ao final da entrevista, perguntado pela reportagem se haveria mais alguma coisa que gostaria de falar, deixou, bem ao seu modo, mais uma entre tantas piadas daquele dia. "Quero apenas falar que vou completar agora 50 anos de casamento. E se alguém me pergunta: "Como é que vocês conseguiram viver 50 anos casados?". Eu diria que é muito simples, que é só usar a cabeça. A gente sai para jantar duas vezes por semana: eu na terça, ela na quinta..."

O velório do jornalista acontece no Cemitério do Morumbi até às 14h. Depois, será fechado ao público e o sepultamento será restrito a amigos íntimos e familiares. 

Salve Joelmir!
fonte:PI

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A burca, a rede e a liberdade




Jovem publica foto sem burca no Facebook e faz sensação instantânea entre mulheres árabes. Pela primeira vez em 20 anos, diz ela, “pude sentir o vento no cabelo e no corpo”

Uma imagem de mulher jovem está provocando uma formidável controvérsia mundial no Facebook.
É uma foto banal e ao mesmo tempo extremamente provocativa.
Banal porque não há nudez nem completa e nem parcial, a não ser que você considere braços de fora alguma coisa no gênero.
Provocativa porque a foto é de uma síria de 21 anos, Dana Bakdounis. Dana postou há poucas semanas uma foto sem véu num grupo criado no Facebook por mulheres árabes em busca de igualdade de direitos.
Nela, segura  sua identidade e um bilhete manuscrito que é um pequeno manifesto, intitulado “A primeira coisa que senti quando tirei meu véu”.  Nele afirma: “Estou com o Movimento de Liberação da Mulher Árabe porque, ao longo de 20 anos, não me permitiram sentir o vento em meu cabelo e em meu corpo”.
A foto, ninguém sabe explicar por que, foi uma sensação instantânea. Em pouco tempo, atraiu 1 600 likes,foi compartilhada 600 vezes e foi objeto de 250 comentários.
Com isso, o grupo ganhou uma visibilidade que ainda não tinha. Os debates se acirrariam ainda mais pouco depois, quando o Facebook simplesmente tirou a foto do ar, sem explicações, e também bloqueou a conta pessoal de Dana.
Censura? Um ataque à liberdade de expressão? Os protestos tomaram a página do grupo no Facebook, hoje com 70 000 integrantes e transformado num fórum vivo de debates de jovens mulheres ávidas insatisfeitas com sua situação. Uma delas disse: “Se vocês fazem este tipo de censura então não podem reivindicar os méritos pela Primavera Árabe.”
O Facebook acabaria, depois de idas e vindas, liberando a foto, e também a conta de Dana. “Minha vida mudou depois que tirei o véu”, diz ela. “Recebi muitas manifestações de solidariedade de outras mulheres com véu. Elas diziam ter vontade de fazer a mesma coisa, mas acrescentavam que faltava a audácia que tive.”
Meses atrás, quando o então presidente da França Nicolas Sarkozy iniciou na França uma cínica e eleitoreira caça às burcas sob o argumento de que estava ajudando as mulheres árabes, escrevi que era uma falácia.
Todos os movimentos históricos de conquista de direitos nasceram das próprias vítimas de injustiça, e não de tutores.
Sempre foi assim, das sufragettes, as mulheres inglesas que lutaram pelo  direito ao voto no começo do século passado, aos negros americanos que combateram por sua inclusão social, para ficar em apenas dois casos.
A foto de Dana pode ser um sinal de que as mulheres árabes estão efetivamente decididas a batalhar, elas também, por sua própria Primavera. Se for isso, a imagem entrará para a história da humanidade.
fonte:dcm

Texto de relator mantém acusação a Perillo e retira pedido contra Gurgel

Deputado Odair Cunha (PT) leu relatório em reunião da CPI do Cachoeira.
Ele pediu indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12.


O deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, apresentou nesta quarta-feira (21) um resumo do relatório dos seis meses de trabalho da comissão, que investigou a relação do contraventor Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários.
Encerrada a reunião, a comissão anunciou um pedido de vista coletivo (tempo para análise do documento) até o dia 5. Nesse período, integrantes da CPI poderão sugerir alterações no texto do relatório. As mudanças sugeridas serão analisadas pelo relator, que poderá acatar ou não as mudanças.
O relatório final traz pedido de indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de 12 (pessoas cujo indiciamento não pode ser pedido porque têm foro privilegiado na Justiça). Entre os responsabilizados, estão o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), o ex-senador e procurador Demóstenes Torres, o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). O presidente licenciado da Delta Fernando Cavendish foi indiciado.
O documento de 89 páginas começou a ser lido após o relator anunciar a retirada do texto do pedido de investigação da atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel no caso da operação Vegas, da Polícia Federal. Em 2009, a Vegas levantou os primeiros indícios do envolvimento de Cachoeira com políticos e empresários. Parlamentares argumentam que Gurgel demorou a agir - o procurador nega e diz que isso foi uma estratégia.
Vale esta (2) CPI do Cachoeira cronologia (Foto: Arte G1)
Também foram retirados do texto os pedidos de indiciamento dos jornalistas Policarpo Júnior (revista "Veja") e Wagner Relâmpago ("DF Alerta", da TV Brasília), por formação de quadrilha, e Patrícia Moraes ("Jornal Opção", de Goiás), João Unes (jornal on-line "A redação") e Carlos Antônio Nogueira, o Botina ("Jornal Estado de Goiás"),por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
“Do ponto de vista regimental, tenho a disposição de tirar as partes 6 e 7 do nosso relatório, provocado por um grupo de parlamentares. É que o tema que trata do jornalista e do procurador-geral da República [...] Quem discordar do meu relatório, tiradas esta duas partes, terá de votar contra todo o meu relatório’, disse Odair Cunha.
A leitura do relatório começou a ser feita sem que os parlamentares integrantes da CPI tivessem acesso ao material. Parlamentares da oposição reclamaram da falta do material, e o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), suspendeu temporariamente a leitura enquanto a assessoria não trazia o material para os parlamentares. A sessão chegou a ficar suspensa por mais de 20 minutos.
‘Eu nunca vi a leitura de um relatório que não temos cópia para acompanhar. Não tem cabimento. É um direito que me assiste. Ele não pode fazer a leitura unipessoal”, disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Após o material ter sido distribuído aos parlamentares, Odair Cunha tentou retomar a leitura do relatório, que logo foi novamente interrompida. O deputado Silvio Costa (PTB-PE) chegou a argumentar que o relatório não poderia ser lido, uma vez que foi feita uma supressão no texto. “A leitura deste relatório não pode ser feita hoje”, disse o deputado.
Discussão e votaçãoOs integrantes da CPI ainda vão discutir e votar o relatório em data a ser determinada - o prazo limite para o funcionamento da CPI é 22 de dezembro. Se aprovadas as mudanças, os elementos colhidos pela comissão serão enviados ao Ministério Público Federal, a quem caberá decidir se incorpora os dados a inquéritos já abertos ou se abre nova linha de investigação.

Na prática, o efeito do pedido de indiciamento é apenas político, porque a maioria dos investigados possui inquéritos abertos, já foi indiciada ou até denunciada. No caso de Marconi Perillo, o próprio governador pediu investigação à Procuradoria-Geral da República, e o Superior Tribunal de Justiça autorizou a abertura de inquérito.
No relatório, Odair Cunha diz que Perillo cometeu seis crimes, entre os quais corrupção passiva e formação de quadrilha. Segundo o relatório, o grupo de Cachoeira se infiltrou no governo de Goiás, e, de acordo com o texto, há fortes indícios de que foram realizados pagamentos diretamente ao governador.
"Marconi Perillo tinha tarefas específicas para cumprir em prol da organização criminosa. Recebia recursos financeiros periódicos da quadrilha", diz o texto.
Em seu depoimento a CPI, em junho, Perillo negou influência de Cachoeira em sua administração. Nesta terça (20), o governador reagiu à informação de que a CPI iria pedir seu indiciamento, dizendo que está sendo vítima de uma briga política.
"O fórum para se investigar governadores é o STJ, o Superior Tribunal de Justiça. Lá, não tem politicagem, lá não há direcionamento, as análises que são feitas, e as investigações, são técnicas. Eu mesmo pedi para o STJ me investigar", afirmou Perillo.
O Superior Tribunal de Justiça também abriu inquérito para investigar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), pela suspeita de que ele teria favorecido a quadrilha de Cachoeira em um negócio relacionado à coleta de lixo. Odair Cunha deixou o governador petista fora da lista de responsabilizados. De acordo com o relator, a grupo do bicheiro não conseguiu ser beneficiado pelo governo do Distrito Federal.
Por terem foro privilegiado, governadores só podem ter inquéritos abertos com autorização do Superior Tribunal de Justiça. A responsabilização ocorre quando, no curso do inquérito, são encontrados elementos que demonstrem a autoria do crime por parte do investigado.
Em seguida, o Ministério Público define se denuncia ou não o investigado à Justiça. O juiz, então, decide se acolhe a denúncia, abrindo ação penal contra o suposto autor do delito.
Delta
O relatório também traz uma parte específica sobre a construtora Delta, uma das maiores contratadas do governo federal em obras de infraestrutura. A empresa é suspeita de repassar recursos para empresas fantasmas ligadas a Cachoeira, supostamente para doação ilegal a campanhas eleitorais e pagamento de propina a agentes públicos.

Segundo as investigações, Cachoeira mantinha empresas fantasmas que receberam R$ 98 milhões da Delta. Para o relator, não havia como Cavendish desconhecer a atuação de Cachoeira na construtora e ele poderá ser indiciado por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A assessoria da Delta informou que Fernando Cavendish vai apresentar sua defesa à Justiça. Também foi pedido o indiciamento de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta Centro-Oeste. Ele era, segundo Odair Cunha, o contato de Cachoeira com a construtora. Abreu não se pronunciou sobre o pedido de indiciamento.

Leréia, Demóstenes e Raul Filho

O relatório pede ainda a responsabilização do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e do ex-senador pelo DEM, Demóstenes Torres, cujo mandato foi cassado em julho.

A CPI recomendou também a responsabilização do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), que apareceu em um video conversando com Cachoeira.
O advogado de Demóstenes Torres disse que a CPI tem conteúdo político e que espera o julgamento na Justiça. Leréia e Raul Filho não se pronunciaram.
fonte:g1

Na TV, analista do TCU diz ter recebido suborno para ajudar Dirceu




O delator do esquema de corrupção desarticulado pela Operação Porto Seguro afirmou nesta terça-feira ter recebido oferta de suborno de 300 000 reais para beneficiar o ex-ministro José Dirceu.

Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges afirmou que o pedido de Dirceu foi feito por intermédio de Paulo Vieira, diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA).

Vieira, que está preso, é apontado pela Polícia Federal como chefe da quadrilha que se infiltrou em órgãos públicos federais para obter pareceres técnicos fraudulentos, em nome de interesses privados.

Cyonil disse ter conhecido Vieira em 2002 e se tornado próximo dele em 2008, quando foi convidado a fazer uma palestra na Advocacia-Geral da União (AGU) sobre portos, sua área de especialização.

Em 2010, Vieira convidou Cyonil a participar da festa de aniversário de José Dirceu. O auditor declinou o convite. Segundo Cyonil, o ex-ministro tinha interesse em um processo no TCU sobre a empresa Tecondi, no Porto de Santos (SP).

O auditor diz ter recebido, durante um almoço, uma oferta de propina de Vieira, em uma folha de papel. “Ele escreveu que o processo era de interesse de José Dirceu, escreveu 300 000 reais e passou para mim”, disse Cyonil. “Uma hora, ele dizia que o dinheiro vinha da empresa, em outra, que era interesse de José Dirceu e que o dinheiro vinha dele.”

Cyonil confirmou ter recebido dois pacotes de Vieira, com 50 000 reais cada. O montante, no entanto, foi posteriormente entregue à Polícia Federal, quando o auditor resolveu fazer a denúncia. O delator chegou a enviar e-mails a Vieira pedindo mais dinheiro, segundo Cyonil, uma tática para obter provas da corrupção a serem entregues para a PF.

“Eu não tinha provas, eu não tinha nada. Se eu, naquele momento, levasse o caso à PF, seria a palavra de um servidor contra a do diretor de uma agência reguladora.”
fonte:veja.com

OAB-PE lança pedra fundamental da nova sede, no polo jurídico

DIREITO

                           



Foi lançada nesta quarta-feira (28) a pedra fundamental da nova sede da OAB-PE, no polo jurídico do Recife, que está sendo construído no bairro de Joana Bezerra, área central da cidade. A solenidade contou com a presença do presidente da instituição, Henrique Mariano, e do presidente do Conselho Federal, Ophir Cavalcanti.

O espaço foi doado pela Prefeitura do Recife e as obras já começaram. Um muro foi erguido delimitando a área reservada para a Ordem. Os recursos para as obras foram assegurados pelo Conselho Federal da OAB. O projeto arquitetônico já está em desenvolvimento.

No polo também  funcionará o Tribunal de Justiça de Pernambuco, o Ministério Público, o Fórum Criminal, a Escola de Magistratura e a Defensoria Pública.

MPF avalia se pede prisão da ex-chefe de gabinete de Dilma



Foto: reprodução


A procuradora responsável pela Operação Porto Seguro no Ministério Público Federal, Suzana Fairbanks, afirmou nesta terça-feira (27) que, a depender das provas colhidas pela polícia durante as apreensões feitas na última sexta-feira (23), poderá pedir a prisão da ex-chefe de gabinete de Presidência Rosemary Nóvoa de Noronha.

“De acordo com a necessidade a gente vai avaliar essa necessidade da prisão cautelar. Há possibilidade”, afirmou, sem dizer mais por se tratar de um “adiantamento de estratégia”.

Segundo Suzana, apenas o sigilo dos e-mails de Rose foi pedido pela - e deferido pela Justiça. Não houve pedido de quebra do sigilo telefônico porque, segundo ela, os fatos mais relevantes investigados eram “pretéritos” - referiam-se aos anos de 2009 e 2010 - e, não havendo “atualidade da conduta” não havia necessidade de interceptações.
Leia também: Antes de ser pega, Rosemary conversava com Lula todos os dias

Além disso, disse a procuradora, a equipe que cuida do caso era pequena e a descoberta da influência de Rose se deu nos últimos quatro meses da investigação, que já tinha um “timing” para ser deflagrada.

A procuradora afirmou que Rose “era uma peça muito importante” no esquema, e que ela tinha “trânsito livre no governo federal. “Ela tinha essa intimidade até de convívio social por festas, eventos. Vivia naquele mundo. Com base no cargo praticava tráfico de influencia e corrupção”.

Suzana afirmou acreditar que Rose tenha movimentado “mais prestígio do que dinheiro” e declarou que a denúncia da Procuradoria deve ser entregue à Justiça ainda este ano.

Suzana informou ainda que enviará à Procuradoria Geral de República material para possível investigação dos deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Sandro Mabel (PMDB-GO). Ela contudo, não informou o conteúdo dele porque parte dos autos continua sob sigilo judicial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
fonte:Agência Estado

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Filho de pernambucano é eleito presidente da OAB-RJ


 








O advogado Felipe Santa Cruz - filho de um pernambucano desaparecido político durante a ditadura militar - foi eleito ontem, pelo voto direto, presidente da OAB do Rio de Janeiro. Ele vai substituir, a partir de 1º de janeiro de 2013, o atual presidente, Wadih Damous, que ficou à frente da entidade nos últimos seis anos e que assumirá o cargo de conselheiro federal da OAB.

Ao comentar a expressiva vitória obtida nas urnas, Felipe Santa Cruz agradeceu o voto de confiança dado pelos advogados e afirmou que a aprovação do seu nome é consequência de muito trabalho. "Os números da votação são sintomáticos. Fica clara a aceitação do esforço de toda a equipe por parte da advocacia", afirmou.

Sobre os desafios da OAB-RJ para os próximos três anos, Felipe destacou a constante busca por um Judiciário mais célere e eficiente. "Vou lutar pelo aumento do número de juízes de primeira instância e pela melhoria das condições estruturais e de atendimento nos juizados especiais. Também queremos a inclusão dos serviços advocatícios no sistema de tributação do Simples Nacional", disse.
fonte:blogmagno

Ministro diz que foi 'mal interpretado' ao comparar SP e Palestina


       

  













O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta terça-feira (27) que não tinha interesse em “atacar um Estado ou um Governo” ao comparar, na semana passada, a violência em São Paulo aos ataques da Palestina.

Na última terça-feira (20), Carvalho disse que “finalmente” São Paulo aceitou ajuda do Governo Federal para enfrentar a violência e comparou as mortes no Estado aos conflitos vividos pela Palestina contra Israel na Faixa de Gaza. “A gente estava alarmado com os mortos na Palestina e as estatísticas mostram que só na grande São Paulo, em um dia, você tem mais gente perdida e assassinada do que num ataque desses”, afirmou o ministro na ocasião, segundo o G1.

Na manhã de hoje, Carvalho disse que foi “um pouco mal interpretado” em um editorial “muito duro” de um jornal, sem identificar a publicação. “Eu chamava a atenção para o fato de que a gente fica muito assustado com as mortes que ocorrem no conflito Israel-Palestina ou na Síria e, no entanto, numa mesma noite, às vezes no Brasil - eu citava um Estado [São Paulo], mas não é o caso, qualquer Estado - nós temos mais mortes do que nesses conflitos”, declarou o ministro.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PF prende 33 em ação contra venda de dados sigilosos que envolve vice da CBF


A Polícia Federal iniciou nova operação nesta segunda-feira (26) para desarticular uma organização que é investigada por venda de informações sigilosas. A PF também investiga outra organização que supostamente cometeu crimes contra o sistema financeiro.
A PF informou que prendeu 33 pessoas investigadas e cumpriu 87 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco e Rio de Janeiro. Também houve prisões e buscas no Distrito Federal. As ações da PF são da operação Durkheim.
Durante a ação, a PF fez busca e apreensão na casa do presidente da Federação Paulista de Futebol e vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero. Ele foi detido na madrugada desta segunda-feira em sua residência em São Paulo e foi levado para prestar depoimento e, na sequência, foi liberado. A Polícia Federal apreendeu um computador e documentos na casa de Del Nero.
A FPF emitiu uma nota, em seu site, afirmando que o dirigente foi "surpreendido com a operação da Polícia Federal durante esta madrugada em sua residência, em busca de documentos não relacionados à sua atividade na entidade e de seu escritório de advocacia". Segundo a nota, "Marco Polo Del Nero prestou depoimento regulamentar na Polícia Federal sendo liberado em seguida. O teor do depoimento segue em sigilo de justiça".
Na última sexta-feira (24), a PF deflagrou a operação Porto Seguro que fez busca e apreensão no escritório da Presidência da República em São Paulo para desarticular uma organização criminosa que se infiltrou em diversos órgãos federais para a obtenção de pareceres técnicos fraudulentos para beneficiar interesses privados. Além do gabinete da Presidência em São Paulo, os policiais federais também estiveram na sede da AGU (Advocacia Geral da União) em Brasília. A ação resultou na prisão de seis pessoas e no indiciamento de 18.

Sergio Lima - 10.abr.12/Folhapress
Marco Polo del Nero, vice da CBF, ao lado de José Maria Marin (esq.), presidente da CBF
Marco Polo del Nero, vice da CBF, ao lado de José Maria Marin (esq.), presidente da CBF
OPERAÇÃO DURKHEIM
A investigação do caso começou em dezembro de 2010 com a apuração sobre um caso de suicídio de um policial federal em Campinas, que apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos, suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações. O inquérito da operação foi aberto em setembro de 2011.
Segundo o inquérito, as duas organizações atuam em paralelo e de modo independente, mas tinham elo sobre uma pessoa investigada, que atuava com os dois grupos suspeitos.
A PF informou que foi descoberta uma grande rede de espionagem ilegal, composta por vendedores de informações sigilosas que se apresentam ao mercado como detetives particulares, e por seus fornecedores, pessoas com acesso aos bancos de dados sigilosos, como funcionários de empresas de telefonia, bancos e servidores públicos.
A assessoria da PF informa que entre as vítimas do esquema há políticos, desembargadores, uma emissora de televisão e um banco.
Já a outra organização enviava dinheiro ao exterior por meio de atividades de câmbio sem autorização do Banco Central, apontam as investigações.
O nome da operação é uma referência ao intelectual francês Durkheim, que é um dos pais fundadores da sociologia e escreveu o livro "O Suicídio", em alusão aos fatos que deram início à investigação.
Participam da operação de hoje cerca de 400 policiais federais para o cumprimento de 33 mandados de prisão, 34 mandados de coerção coercitiva (quando a pessoa é trazida para prestar depoimento e depois liberada) e 87 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A PF informa que 67 pessoas serão indiciadas.
Os investigados podem responder pelos crimes de divulgação de segredo, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, realizar interceptação telefônica clandestina, quebra de sigilo bancário, formação de quadrilha, realização de atividade de câmbio sem autorização do Banco Central, evasão de divisa e lavagem de dinheiro, com penas de 1 a 12 anos de prisão, segundo a PF.
fonte:folhaonline

Escândalo no gabinete da Presidência: tem mais gente




A Operação Porto Seguro não chegou só à chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, informa Vera Magalhães, na coluna políica da Folha de S.Paulo desta segunda-feira.

''Dentre os suspeitos de envolvimento no esquema de tráfico de influência descoberto pela Polícia Federal, estão outros integrantes do alto escalão do governo federal. 

A PF decidiu deixá-los para uma segunda fase porque, se fossem incluídos já, o caso iria ao STF, ocupado demais com o mensalão, e a PF perderia o controle da operação nesse momento. Um ministro do PMDB fez chegar à Presidência ontem o seguinte comentário sobre Dilma e a exoneração de Rosemary: 'se ela faz isso com uma indicada de Lula, imagina o que não fará com um dos nossos.

A presidente Dilma quer aproveitar a operação da PF para acabar com as indicações políticas nas agências reguladoras.

Nomeados para a Ana e a Anac a pedido de Rosemary Noronha e, assim como ela, indiciados pela PF, os irmãos Paulo e Rubens Vieira são conhecidos nas agências reguladoras por um apelido bem revelador: "os bebês de Rosemary".''

CNJ apura suspeitas de nepotismo




















Na pauta da primeira sessão plenária sob o comando do novo presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Joaquim Barbosa, amanhã (27), estão várias sindicâncias da Corregedoria para apurar suposta incompatibilidade entre o rendimento e o patrimônio de magistrados, segundo a Folha de S. Paulo.

De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, serão examinados procedimentos que tiveram o julgamento suspenso em sessões anteriores por pedido de vista dos conselheiros, entre eles diversos casos de suspeita de nepotismo.

Entre os 29 itens remanescentes de sessões anteriores, há o pedido da Corregedoria-Geral de Justiça do Estado de Sergipe para que o CNJ defina se as investigações preliminares de infração de magistrados devem ser sigilosas ou não.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

PPS já estuda desembarcar de aliança tucana



 












Em um ensaio de independência em relação aos tucanos, o PPS começa a indicar que pode não apoiar o PSDB nas eleições presidenciais de 2014 e que está à procura de um candidato ao qual aderir. Por ora, divide a preferência entre nome próprio ou apoio às eventuais candidaturas da ex-ministra Marina Silva (sem partido) ou do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

O assunto, segundo relatou ao Estado o líder do partido na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), será discutido no encontro nacional da legenda, nestas sexta-feira (23) e sábado (24). O deputado espera sair da reunião "com o planejamento estratégico para uma proposta nacional de candidatura própria"

DEPUTADO ORGANIZA EXPEDIENTE SOBRE SETOR SUCROALCOLEIRO

 
                                       
                                Deputado Aluisio em pronunciamento Lessa na ALEPE

Reunião - 
 Depois de promover um grande expediente na Alepe sobre a crise no setor sucroalcooleiro e organizar uma reunião do setor com o governador em exercício João Lyra Neto (PDT).

O deputado estadual Aluisio Lessa (PSB) articula para o dia 3 de dezembro uma reunião entre a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), Sindicato dos Cultivadores de Cana, Sindaçúcar, Ipa, Fetape e outros envolvidos com integrantes da bancada federal de Pernambuco. 

O encontro acontecerá às 10h30, no auditório da AFCP.

Artistas destacam simbolismo da chegada de um negro à presidência do STF


f5c8b0c8f3618884e19acfee38701fad.jpg
Regina Casé entre os artistas que prestigiaram a posse de Joaquim Barbosa
Foto: Agência Brasil

Vários artistas estiveram nesta quinta-feira (22) no Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar a cerimônia de posse do novo presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, primeiro negro a comandar a Suprema Corte. Os atores Lázaro Ramos, Milton Gonçalves e Lucélia Santos, além da apresentadora Regina Casé, do sambista Martinho da Vila e do cantor Djavan, se juntaram à plateia de autoridades e parentes do ministro para acompanhar a cerimônia.

“Acho que ele é um símbolo para várias coisas”, disse Regina Casé, após a cerimônia. “A posse de um ministro negro mostra que o melhor caminho para se fazer justiça é a educação. O que a gente precisa é de igualdade na educação”, definiu a apresentadora.

Assim como ela, o sambista Martinho da Vila também considerou a posse de Joaquim Barbosa simbólica. Para ele, trata-se de “um grande passo para a diminuição dos preconceitos”. Martinho da Vila, no entanto, preferiu exaltar a competência do ministro para ter chegado à presidência do STF. “O importante é que Joaquim está lá não por ser negro ou por ser pobre, mas por sua capacidade”, disse o sambista.

A atriz Lucélia Santos, que interpretou uma escrava branca na novela Escrava Isaura, que foi exibida pela TV Globo de 1976 a 1977 com base no livro de Bernardo Guimarães, disse que desde aquela época já imaginava que um dia poderia ver um presidente negro em um dos Poderes da República. Ela elogiou a postura e o trabalho de Joaquim Barbosa e disse estar alegre por ter participado da cerimônia de posse. “Por tudo o que ele vem fazendo, por todo o trabalho dele, é uma honra estar aqui hoje”, disse.

Barbosa é bastante ligado a questões raciais e faz referências ao assunto em discursos, votos e conversas. Veio de uma família simples de Paracatu, em Minas Gerais, e ocupou vários postos até ser convidado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o STF em 2003, época em que atuava como procurador no Rio de Janeiro. No discurso de posse, ele criticou a Justiça desigual e disse que “de nada valem as edificações suntuosas, os sistemas de comunicação e informação, se naquilo que é essencial a Justiça falha porque é prestada tardiamente e porque presta um serviço que não é imediatamente fruível”.
Fonte: Agência Brasil